lucas, eriketa, ícaro, fernando, julia, diana, si e quem mais,
de uma lado acho tremendamente lúcida a exposição de Lucas, de outro lado, penso que sim, as palavras se desgastam que é uma coisa, eu tenho birra com a palavra performance por ex. que é tudo e que é nada e que já não diz mais nada sobre nada, mas se é assim com a palavra arte e com a palavra fome e com a palavra palavra...
terminaremos mudos?
ou
nos cabe reinaugurá-las sempre? nos cabe sempre encher de explicações o que queríamos dizer, mas que já não dizemos, e dizer é sempre um trair-se...
o exílio, até e porquê já não somos aqueles exilados, mas outros, sendo tbm os exilados de sempre, e depois tem isso, é um desafio tirar o "ó" do exílio e entendê-lo sem o "ó", por outro lado, é precisamente sem o tal do "ó" no fim das contas o modo como experenciamos o exílio e todo o resto nesses nossos tempos...
tudo sem "ó"...
nessa nossa apatia de todo dia - novas e potentes estratégias de exílio -
o que definitivamente não temo é que produzamos um "ó" qualquer coisa, simplesmente porque nossa sensibilidade geral parece estar um tanto amorfa para produzir um "ó" que seja...
levamos nos bolsos nossas uébcans e nossos seilámaisquê portáteis e como é que vamos falar em exílio? diluição espaço temporal e etc e tal. ouso dizer que a casa, a pátria, é o corpo, e não existe exílio maior, inclusive no melhor sentido!
bom, só se o que estamos falando é mais desterro do que exílio... não sei, afinal, do que é que estamos falando? Digo, de quais trabalhos (trabalhos que entrariam nesse primeiro número da revista) é que estamos falando?
beijos