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Sexta-feira, 10 de Julho de 2009
(festas)
Nunca olhei tanto pro chão. Conheço agora as menores minúcias dos meus pés das unhas das veias e os cantos das pedras formosas enfiadas na terra com violência de-qualquer-maneira. Conheço as curvas de desde o meu pescoço até o último dos joelhos de um ângulo ininincaptável à tecnologia:
impede-lhe o meu organismo.
Se me injetassem câmeras nos olhos não registrariam ainda a confusão dos lados simultâneos do nariz o incômodo dos cílios cansados e seriam incapazes de encherem-se d'água com um paralelo particularmente bonito do mar: os olhos são a insígnia do particular. As almas não se comunicam em bandeira, as almas perpassam distâncias é em suma o mesmo mistério dos corpos; as câmeras perpassam distâncias, os dicionários também e ainda as canetas. Gostaria de demonstrar mas paratii não exige demonstrações, nem o rio de janeiro, nem o zâmbia nem o banheiro da lanchonete estrambólica
mas em paratii estou
na praia
palmeiras selvagens;
o castelo
na praia
a fugitiva
na praia
(Ian McEwan)
na praia
(Quem é esse não sei
nem de onde é
nem o que tem feito
N'
cinza das horas
C'A
cinza das horas
A
fome,
angústia,
infância,
memórias, sonhos e reflexões.)
conhecimento específico atestado
Cidades invisíveis
na praia
à leste do éden.
O sol é para todos
o inominável
é para todos
Suave é a noite
na praia,
filosofando
pornografia
O
cosmos
eu
cosmos