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[aStro-LáBio]°² = [diáRio de boRdo]°²

o tempo de uma gaveta aberta
é o tempo de uso de uma gaveta aberta
é o tempo de uma gaveta em uso
agora fechada a gaveta guarda
o tempo para trás levou
e não volta mais: voou





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érica zíngano | francine jallageas | ícaro lira | lucas parente

terça-feira, 6 de abril de 2010


31 de março de 2010 07:09
(bom dia)
07:08 está entre parênteses para que seja como uma rubrica
  
07:09 depois fala-me
  fala comigo
  eu to precisando conversar sobre a revista
  ou
  nem sei se é sobre a revista
07:10 



Mensagens enviadas enquanto você estava desconectado(a).

07:24 .boa tarde.
  depois falamos com calma.
07:25 estou partindo.
  criamos um domínio. a revista está quase no ar.
  sei lá.
  bisous.







data     
17 de janeiro de 2010
23:07
assunto: megazin

entonces people,

agora depois de comprar ida e volta eslovenia/norte da itália por 45 euros e tentar relaxar depois de tanta coca-cola café tristeza intensidade novos rostos corações e coisas mais:

saudade, cara... eu realmente...

falei com meu irmão cuestiones  r e v i s t a .
disse que no total são por volta de 60 trabalhos. muitos artistas com mais de 3 coisas, enfim. ralar o cú na ostra.
disse que a gente tem que criar um balanço, no sentido de que temos uma revista completa, umarevista-livro, mas que com isso perdemos em periodicidade. entonces, se não vamos já lançando a idéia/prática do segundo número, acho que não conseguiremos fazer duas revistas por ano (duas por ano acho legal).
na verdade... deveríamos ter, depois de tudo, divido esse primeiro número em dois... porque dava, e faria com que ganháramos em tempo. mas já não dá mais.
e ça - eu e o leite derramado / que não era leite e nem foi derramado, enfim.
vamos buscar um segundo tema/trabalhos coisas? a idéia da fran de uma coisa poéticas do EU, não sei se era bem isso, mas poderia ser?
o que vocês acharem. a gente pensa num tema sei lá e manda um mail falando da questão tempo pro pessoal e agitando um segundo já?
?
beijos muitos.
abraçodades manuelinos.

**
Queridos, 

aproveito a sensação de lucidez com que acordei depois de dormir três dias seguidos.
[casei com Morpheu]
sobre o que Lucas diz eu penso algumas coisas e sem churumelas vou direto ao ponto:
quanto a periodicidade da revista 
é uma conquista nossa a gente não ser escravo de ritmo editorial pautado em demandas de mercado, acho sinceramente que não teria nada a ver com nada a gente dividir uma revistona, porque gordinha e coesa quanto a unidade temática, que foi pensada e tals, em duas, e com isso de lançar duas no ano, ao invés de uma. 
além disso, acho que demoramos e quebramos mais a cabeça nesse primeiro número, simplesmente porque tudo era estréia e a gente tava muito numa pegada descobrindo e aprendendo como é que se faz.
outra coisa, ninguém aqui recebe hora\trabalho, certo? tudo é e foi feito nos nossos tempos de para além do nosso ganha-pão, nos momentos de paixão, nas madrugadas e nos fins de semana. é mais do que natural não termos esse perfil do comércio, produção ágil e tudo igual e comestível bem rapidinho. vcs sabem que aqui com a gente tudo foi feito bem ao contrário do combustível habitual - suor da morte diária de cada um. aqui muito mais manutenção é o nosso próprio gozo.
talvez eu esteja verve romantica hoje. a ver. eu mesma já queria ter visto a revista pronta, e fiquei chorando as pitangas pro ícaro no ultimo dia que estivemos no júlio. mas eu acho tbm fora do nosso tempo a gente começar a agitar o número dois com tanto ainda faltando para existir o 1 que nem existe ainda.
sei lá.. e ponto.
beijos

**
acho o buñuel genial. fala que não importa tanto posicionamento de câmera enquanto que haja ritmo. por isso o chutar a câmera e mandar o fotógrafo punheteiro pra casa. como orson welles no final da vida, e godard principalmente, enfim. filmes feitos pelo ouvido. acho que nesse sentido penso na periodicidade. eu gosto de tudo velllllllooooooooozzzzzz linha de produção. e claro. a quantidade está na qualidade. e viva o mcdonalds. mas é ótimo descordar. bisous.

**
na minha adolescência a gente colocava bomba no banheiro do mcDonalds. Sim, é uma questão de posicionamento político.
penso no mario peixoto que só fez um filme e deu um recado tão eficaz quanto o recado estético-político disperso pela obra mais numerosa de Buñuel.
sobre os punheteiros, a punheta é  bem utilizada na arte em raros casos, como nas peças de 6, 7, 8 horas de Zé Celso, que eu não gosto, mas que merece alguma admiração ou cuidado nosso quando manda tomar no cu essa estrutura comercial do teatro que se conformou em duas horas no máximo a fim de ser melhor comercializável e ficou totalmente distanciado da instância arte - política-transformadora.
bisous

**
yeah. compreendo o posicionamento político a questão do tempo limite e tal. eu sei que vocês vão concordar com o limite e com a fran. eu também. mas acho que o tempo de construir catedrais morreu com o tarkovsky. e sou viciado em achá-lo positivo. os anos 80. a geração x. eu sei que é uma merda. a indiferença européia. mas tem toda a ficção-científica o inconsciente liberado, enfim, a possibilidade de novos mitos. no sentido de que agora olhamos as imagens de cima pra baixo, podendo distorcê-las, manipulá-las, como chris marker. se a imagem permanecesse sagrada como antes da morte do barthes, se fosse ainda limite, a arte como limite, a arte do gênio que morreu que no século passado graças a deus e à morte de deus, eu não sei o que seria da minha crítica, da minha paixão pelo caos e pelos sintetizadores que mesclam plásticas e ruínas. a impureza, como na época do sófocles, como diz vernant, volta a ser a melhor forma de sermos puros e de atingirmos algo além, algo comunicativo... parece... as repetições e reações em cadeia... como em pelechian... que sim, também, tem filmografia curta, eu sei. yeah. pirei. deixa pra lá. haha. petos molt forts

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petos molt forts: beijos muito fortes.
em catalão.

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quantidade não tem nada a ver com qualidade.
veloz não tem nada a ver com concentração,modigliani,barthes,
eu acredito em catedrais.
por acreditar no trabalho diario na rotina e nessas coisas não 80-x.
estou aqui a quase um ano.
quando você fala da "indiferença européia. mas tem toda a ficção-científica o inconsciente liberado",
acho que si perde no kaos,kaos e bom quando transforma e cria.
caos sem criação e punheta dalí.
fico profudamente triste e sem vontade sem tesão mesmo com esse papo.
não faz sentido algum trabalhar num 2 sem 1um.
não faz sentido algum dividir em dois,isso não é claro?

(...)

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(...)

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(...)

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(...)
espero ansiosamente pela número 01
sabendo que o tempo de qualquer coisa de trabalho
muitas vezes é lenta
aprendo com a lentidão dos passo como quem aprende uma
nova maneira de caminhar
junto, com muitos pés, cavalos
entendo que tudo irá pro rumo certo
desatino mas não alucino
me digam
espero

- meu corpo dói de fazer faxina
vou me mudar
tudo tão inesperado e oportuno
que nem sei
casaquistão deve ser mesmo muito longe

**
isso
sem desatinos 
a gente ama esse nosso projeto 
e é com paixão que a gente continua cuidando dele, né?