Pesquisar este blog

[aStro-LáBio]°² = [diáRio de boRdo]°²

o tempo de uma gaveta aberta
é o tempo de uso de uma gaveta aberta
é o tempo de uma gaveta em uso
agora fechada a gaveta guarda
o tempo para trás levou
e não volta mais: voou





para chegar até lá, siga a seta vermelha:

ctrl + c -> aeromancia.blogspot.com -> ctrl + v -> barra de endereços -> enter



érica zíngano | francine jallageas | ícaro lira | lucas parente

segunda-feira, 8 de março de 2010

nevando muchísimo en toda el área alrededor de barcelona.
retrasos en las líneas 4 y 7.
todo blanco.
---
***
---
mãos geladas à leitura dos noticiários apocalípticos
suadas no teclado pousadas trêmulas pelos tremores
os dedos engancham o vidro à maçaneta da janela
range o céu estridente polvilhado de nuvem
branquinhas como numa fazenda nua ao sul 
a previsão de um ciclone o relato de um tsunami 
ao chile corpos-fragmentos nas fotografias
o desabamento do helicóptero embriagado  
dos vapores do vazamento de gás das rondas 
da queda da rede elétrica presa à arvore a sirene 
das gaivotas de dia anoitecido pelo cascalho de construção.
---
***
---
por aqui a porta de um armário servindo de trenó
bolas de neve numa mão
rifle de espoleta na outra
gritando como um selvagem
um boneco urso de neve
sirenes e sirenes lá debaixo
as nuvens começando a despelhar
fotografias - deixei a câmera n'outro canto
enquanto busco compreender o que pode soar como música de neve
jan johansson radiohead leonard cohen
bandura
os hiperboreos onde estão?
porque não vejo melancolia
mas outra coisa
e de repente me lembro que a palavra "respeito" vem do latim "observar" ou algo assim
e a lembrança do ônibus rumo a beauvais e um niño detrás de mim dizendo "molto bianco!"
sirenes sirenes sirenes não param
as linhas buzinas os trens os carros que ajudamos a empurrar
ai........ sinais de destruição enquanto eu aqui parado
num ostracismo sem medida
empequenando cada vez mais 
cada vez (menos) até
caber dentro da última medida de mim mesmo
um ser ninguém
e volto a dizer que não nops niep no es melancolía
---
ya no hay trenes
estamos aislados

Arquivo