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[aStro-LáBio]°² = [diáRio de boRdo]°²

o tempo de uma gaveta aberta
é o tempo de uso de uma gaveta aberta
é o tempo de uma gaveta em uso
agora fechada a gaveta guarda
o tempo para trás levou
e não volta mais: voou





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érica zíngano | francine jallageas | ícaro lira | lucas parente

domingo, 22 de novembro de 2009

antes, segunda-feira, acho: ao esmo tempo em que é do lado é muito longe as distâncias, definitivamente, não são geográficas desenharam no mapa só porque gostavam de desenhar mas isso não tem nada a ver ler na feira, de passagem "só porque sou metódico escrevo todos os dias de manhã em um dos cafés do meu bairro um poema uma história" aira pode rimar com aires variações de declinação se fosse em latim mas não a llansol diria que o inverno é seu método tudo é esse tempo suspenso de não saber quando já é um poema ou não porque continua ao poema porque continua o poema continua e esse tempo que desliza me dizendo: aqui é seu futuro sendo seu passado suena borges mas nao tempo cruzado de camadas olhar pra portugal é meu presente e estar aqui é meu futuro estou embaralhada olhar um desenho de há mais de 7 anos atrás (redundante de tempo) e saber que aquele rosto que repousa imberbe era dele e nao meu juntos, num mesmo rosto de mesmo nome já sem saber se eu ou se você quem nos encontraremos no fim do dia depois, repito jueves, reforçando o ju: aquilo não era um poema aquilo era um folha de caderno de realidades cruzadas de tempos de chegada mesmo um erro que faz de mesmo esmo... aquilo era o instante porque o poema no momento é um susto o poema mesmo vem depois, outro prazer depois de refazer esse gesto de repetir e de querer fixar o que nao se pode o poema é outra coisa e muitas vezes nessa outra coisa desisto talvez eu seja egoista em nao querer dividir com os outros o que descobri pq o poema é sempre uma partilha, uma armadilha de uma troca uma conversa mesmo que imaginária o poema é o que está fora não cabe não se escreve o poema experiencia outra coisa esse, como outros dilemas nao sao nunca vencidos o poema é um combate (pra puxar a llansol) talvez de linguagem diga eu junto com barthes e os loucos do sec xx que fizeram das palavras esse outro lugar árido sinceramente ando muito desconfiada do lexico que diz sobre o nosso tempo deserto, deserto bemvindos ao deserto do real? por que, necessariamente, precisamos usar palavras tão áridas pra ainda reiterar o dificil? por que tem de ser dificil? espero que por aí sempre bem aqui vivo uma felicidade sem nome donde experiencio a sensaçao de ser casada pela primeira vez abra a mesa: o amor chegou, coloque as taças o vinho, o pao, o amor chegou e sonho com uma fartura de peixes nos intervalos da llansol pq estou dissertando aqui caminho de uma livraria a outra olhando as vitrines e como nao estou nada na argentina, já disse, aqui é meu futuro olho pro edmond jabes, que há aqui, por acaso na vitrine da livraria na av de las heras, aquela do norte onde habito do lado esse livro de las preguntas cujo artigo mais bonito sobre li no derrida da escritura e diferença vês? nada de poetas novos só poetas velhos ainda o tempo é o passado só pra dizer que a palavra corre em outro lado longe definitivamente escrever nao está na literatura

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