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[aStro-LáBio]°² = [diáRio de boRdo]°²

o tempo de uma gaveta aberta
é o tempo de uso de uma gaveta aberta
é o tempo de uma gaveta em uso
agora fechada a gaveta guarda
o tempo para trás levou
e não volta mais: voou





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érica zíngano | francine jallageas | ícaro lira | lucas parente

domingo, 13 de junho de 2010

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Bom mesmo Era aquilo Que fica perdido nas frestas Dos sofás que engolem tralhas (um monte de poeira e absurdo) _ Aqui queria um som De pássaro dando com asa no vidro Não imagem A imagem podia ser essa mesmo; Uma vista frontal um pouco Reclinada O suficiente pra ver a parte Debaixo do tampo da mesa Há uma luz verde numa caixa Um pino com luz vermelha piscando A máquina mãe dá luz à duas outras Verde, e vermelha piscando, lado à Lado As medidas mínimas necessárias Pra que a faixa que compreende A luz vermelha a verde e as duas Então fazer tudo quanto é resto Tarja preta pra ser só aquele Filete de imagem A insignificância formulada como ciência; Não-significação de tudo que é coisa em si; Ou signo de tudo quanto for necessário ser Então ir e voltar na mesma imagem Só que mais perto e lento Pra caber o poema dito De repente o poema dito Podia desdobrar um silêncio Que podia desdobrar o espaço Pra caber no silêncio e versa Podia ser grunido e sussurro Podia ser sussurro Ou ser grunido Podia ser silêncio de cidade que ronrona e não cessa