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[aStro-LáBio]°² = [diáRio de boRdo]°²

o tempo de uma gaveta aberta
é o tempo de uso de uma gaveta aberta
é o tempo de uma gaveta em uso
agora fechada a gaveta guarda
o tempo para trás levou
e não volta mais: voou





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érica zíngano | francine jallageas | ícaro lira | lucas parente

sábado, 28 de novembro de 2009

todo sobre johnny carter

- Bueno, oye: a mi también me gustaría hacer el amor todos los dias, eh, Bruno... Eso con aquél... no sé como llamarlo, pero... Pero eso nos dejaría cansados, a la vez que aburridos uno con la cara del otro y... y entonces nos alejaríamos sin haber dicho ni una sola palabra, sino la materializada "flujo".

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

EL SILENCIO DEL MAR.

y el silencio del mar, y el de su vida JOSÉ HIERRO
El silencio del mar brama un juicio infinito más concentrado que el de un cántaro más implacable que dos gotas ya acerque el horizonte o nos entregue la muerte azul de las medusas nuestras sospechas no lo dejan el mar escucha como un sordo es insensible como un dios y sobrevive a los sobrevivientes nunca sabré qué espero de él ni qué conjuro deja en mis tobillos pero cuando estos ojos se hartan de baldosas y esperan entre el llano y las colinas o en calles que se cierran en más calles entonces sí me siento náufrago y sólo el mar puede salvarme



53 geografias mario benedetti















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terça-feira, 24 de novembro de 2009

absolver (com algumas coisas de herberto helder) chama-se sexo a uma parte do corpo como se todo o corpo as mãos os pés a cabeça não fossem também sexo o pénis a vagina os testículos as maminhas são frágeis vulneráveis estão expostos à crueldade são flores ou musgos posso estar nua e ser casta não tenho nada de freira viciosa e devassa com todo a minha atenção toco-te dou-te os meus sentidos os meus sentimentos sinto muito ter estado muito contigo é uma coisa boa que melhora o mundo que o embeleza agradeço ter-te encontradfo e ter feito o que fiz contigo com a cabeça nas mãos e os olhos cheios de lágrimas sonho contigo comigo
retrato de adília quando moça

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

to become a woman,
the men of your life
must die.

PARATI

se te visto com meus olhos você diz que é errado, mesmo assim li teu texto, não com os olhos mas com a boca, pouco antes de por causa da falta, de mãe me doeu você ter me mandado embora daquela maneira mesmo que eu tenha engolido teu texto assim como hoje engulo este porque neste pensamos ao mesmo tempo no mesmo poeta percevejo das horas vadias vazias que se foram para sempre deixando para trás apenas meu resto e teu rastro na ferrugem da banheira que secava momentos durante os quais passeávamos juntos no parque e contávamos mentiras baixinho deitados sobre o lençol velho e fajuto, você vomitava gomos de cacau enquanto eu forjava seriedade castradora até que você me soprava música numa língua inventada pela minha orelha sem pensar em nada a não ser dois sendo um mesmo e andávamos sem as mãos dadas porque éramos fortes o suficiente ou pensávamos enquanto esquecíamos o quanto era injusto ficarmos juntos precisando tanto cada um de si mesmo enquanto olhávamos casais de braços dados, com seus semblantes tranqüilos e desesperados, e ríamos porque eles eram tão assustadoramente assustados quanto nós mas nós preferíamos ficar sozinhos juntos porque assim o susto dava mais frio no bucho cheio de barulhos quando deitava minha cabeça no teu estômago frágil e dormia e sonhava que estava sonhando um sonho rápido como a vida já que no fundo mesmo sonhando não era capaz de sonhar pois não sobrava o tempo que já tinha gasto pensando no que fazer contigo ali do meu lado sendo que eu estava tão longe que esquecia do sonho sonhado dentro do sonho, como disse uma vez Edgar Allan Poe com relação à ilusão vital dos homens, quando por fim eu acordava e percebia que o homem que era eu e que estava te vendo dormir ao meu lado no fundo era mais um sonho medonho dentro do sonho no sonho da vida porque de olhos abertos não era possível te ver dormir já que “fui embora, tenha uma boa tarde, para sempre” melhor que o sonho bom e portanto esquecido como nos esquecemos de repente de nos dar bom dia e os beijos mordiam a palidez dos rostos na forma de dias nublados que foram ficando maduros e duros e escuros porque afinal esperávamos pelo futuro sem tempo de perder tempo passado juntos porque afinal lá fora o mundo é curto e enorme e pode quem sabe te escolher como trunfo ou arrancar teu pé, mas tardes que agora tardam as tardes saíram do armário caro e, claro, não é do final do sol que se vive, como o sol que apagou quando pensei no mesmo poeta enquanto comia uma folha de alface, quem diria eu, comendo alface, mas não se preocupe porque o alface não tinha o sal que você pensou sem o sol na caneca debaixo do braço no momento em que pensei nos teus pés tortos perto da minha boca miúda medrosa engolindo pequenas pedras plantadas por cactos sem água quando lágrimas se ocupam da culpa por molhar a fronte falsa da tristeza e olhos púrpuras já não maquilam mais tuas certezas já que não são o bastante para manter a diferença próxima, mas tuas pupilas me lembro que as via da cor daquela rosa de plástico quebrada como as rosas que estavam no poema em que pensamos juntos, tão longe você de mim, tão para sempre ou talvez fosse apenas um ventre, sim, era mesmo um ventre preso por cordas e havia a palavra “lasso”, a ridícula palavra “lasso”, e talvez o poeta e o poema que eram teus apesar de meus – não fossem, os dois, escravos do oposto do posto que ocupas no meu intestino – fossem para outro projeto de pantufas lado a lado na beira da cama e é claro que isso importa mas não tanto a ponto de te perguntar por que aquelas rugas na testa do violão solista que corta notas enquanto escrevo no branco com o ponteiro das horas, “depois de ti não aprendi mais nada”, ainda espero ansiosamente por tuas curvas calamitosas, por mais que tua espera não seja por mim, por mais que tua lembrança tenha me reinventado no esquecimento, imagino porque estou vivo – ou isso é a morte? – mas se ainda consigo escrever quer dizer que talvez esteja mesmo morto pois só os mortos para a vida conseguem escrever sobre ela como um fantasma que vigia de cima dos telhados manchados da tua lembrança em tantas garrafas de vinho de mesa que misturado ao meu sangue ralo me faz passar vergonha quando lembro que você me negou uma só vez para sempre – coisa que nem Pedro fez com Cristo! – e disse em seguida para arrombar ferida que eu jamais seria capaz de amar alguém e, com toda razão, sem porém, jogou pela janela uma pomba branca depenada sem asas que até então atendia por “meu coração” e caiu bem perto de um homem negro de terno sem uma perna no ponto de ônibus das almas vagas como o poeta que no poema, momentaneamente, como num pesadelo disfarçado de sonho no som do sino pensou contigo e comigo através de mágica, e estamos tão longe um do outro e presos neste momento gruta em que o céu se me nega porque só vejo o erro do teu reflexo me dando língua e eu precisava tanto te dizer que não sei o que você precisa ouvir por isso digo tudo e não digo nada porque de fato sei da dificuldade de ser o mesmo quando as coisas não saem como queriam os outros que me diferem de mim mesmo e se eu pudesse estar em vários lugares ao mesmo tempo sem ser visto em nenhum lugar estaria agora te vendo escondido entre teus cabelos e tua nuca e teu cheiro avinagrado de coragem por mais que agora, enquanto escrevo esta bobagem pensando que pensamos juntos por um tempo no mesmo tempo do fim das horas do mesmo poeta e na mesma tristeza, por mais que essa tristeza já estivesse chumbada em mim desde o dia em que você veio e foi, por mais que tua mão na minha imagem seja não mais que mais tarde parte tua de mim do que antes cedo era nem meu mesmo ainda, mesmo assim gostei de saber que andas lendo coisas boas e que ainda pensas na morte da mesma forma carinhosa que eu.

domingo, 22 de novembro de 2009

querido desculpe de novo pelo embaralho sinto falta tb da minha poesia apesar de estar comigo 24h li o livro do fernando (muy experimental, algumas coisas legais, outras menos) depois escrevo com amor tb deixa um beijo na mary de amor tb tudo amor tudo azul assim é o tempo
queridos digam alguma coisa que eu sou péssima editora que eu estorei os prazos mas digam alguma coisa até mesmo se a série ficou melhor ou pior ahhhhhhhh
queridos, ontem conversei com um amigo que me sugeriu que as fotos cidade/deserto deveriam ser menos para o trabalho ser mais pontente... fiz uma nova seleção... o que vcs acham? (é difícil montar né?) beijos